O Burnout Parental e a quarentena

A quarentena aumentou a sensação de burnout nos pais em relação aos filhos

Imagine a seguinte rotina: trabalho, limpeza da casa, alimentação, compras de mercado, exercícios, contas a pagar... Agora adicione os FILHOS (com todas suas necessidades: comer, brincar, estudar online, tomar banho...) e, em cima de tudo isso, QUARENTENA (estudar dentro de casa, brincar dentro de casa...). Ufa! Parece puxado, né?

Pois é. A quarentena fez com que essa rotina ficasse ainda mais exaustiva para os pais. A sensação é que a lista de afazeres está nos sufocando e o tempo livre se evaporou. E isso tem deixado muitos pais com uma síndrome chamada: “Burnout Parental”.

As características desta síndrome são:

• cansaço extremo (físico e mental)
• Irritabilidade
• esquecimento
• alteração drástica no sono
• frustração no papel de mãe / pai (e/ou culpa)
• palpitação / tontura

Conciliar tudo isso não é tarefa fácil e precisamos estar atentos caso esses sinais já estejam acontecendo. Chegar no limite da exaustão é perigoso, a saúde se deteriora rapidamente pois corpo e mente trabalham o tempo todo sob tensão.

Como psicóloga, entendo que o confinamento trouxe novos desafios, principalmente aos pais com crianças muito pequenas ou adolescentes. Com isso, o papel de cuidar, amar e zelar exigiu mais dos pais / responsáveis, precisando haver um equilíbrio para se manterem firmes e constantes nesta missão.

Lembre-se: a exaustão parental não é sinônimo de ser um pai ou uma mãe ruim, mas demonstra que algo está em desequilíbrio e o sentimento precisa ser compartilhado com uma psicóloga, para que haja instrução e mudança na rotina.

Vale destacar aqui, algumas dicas: não queira abraçar o mundo todo de uma vez. O Burnout chega justamente porque faltou separar tempo entre as suas necessidades e a rotina dos filhos. Estabeleça horários na rotina. Curtir a família é fantástico, assim como poder se cuidar e curtir um pouco sozinho(a).

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